Mulheres de Brasil, Argentina e Uruguai marcharam pela legalização do aborto

Durante o último final de semana mulheres da Argentina, Uruguai e Brasil participaram de uma ação da Marcha Mundial das Mulheres em que marcharam e debater a legalização do aborto. Centenas de militantes participaram das atividades entre os dias 26 e 28 de setembro na cidade gaúcha. O último dia de mobilização também foi marcado pelo Dia Latinoamericano de Legalização do aborto.

“O Brasil ainda é um dos países com legislação mais restritiva em relação ao aborto. Somente duas hipóteses são consideradas legais: quando a gravidez significa risco de morte à gestante ou quando ela for resultado de violência sexual. As mulheres devem ter o direito de escolher e comandar o seu próprio corpo”, enfatiza a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná, Anacélie Azevedo.

Segundo ela, a estimativa é de que 22 milhões de abortos clandestinos são realizados por ano no planeta matando cerca de 300 mil mulheres, uma média de 800 por dia. “Dos mais de 4 milhões abortos por ano que acontecem na América Latina, 95% são considerados inseguros. Estamos falando de preservação da vida das mulheres. Também precisamos recordar a questão da vulnerabilidade social. Rico faz aborto clandestino em clínicas particulares, enquanto mulheres pobres e negras precisam contar com a sorte para não morrer”, garante Anacélie.

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