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Mulheres do Paraná têm protagonismo na V Conferência Nacional de Políticas para Elas

Propostas do eixo Trabalho reforçam igualdade de gênero e valorização

Publicado: 09 Outubro, 2025 - 11h51

Escrito por: CUT-PR

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A V Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres aprovou um conjunto de propostas na busca por avanços concretos para elas. As representantes do Paraná exerceram protagonismo durante o evento, sobretudo no eixo Trabalho, Autonomia Econômica e Igualdade Salarial. A delegação paranaense esteve presente e ativa nas discussões, com destaque para a participação da secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraná, Eunice Miyamoto.

“Nós, mulheres da CUT Paraná, saímos desta Conferência com a sensação de dever cumprido e a certeza de que a luta organizada transforma. Conseguimos emplacar propostas vitais — desde a equiparação salarial até a política de cuidados — que nasceram do chão de fábrica, do campo e dos serviços do nosso estado. Nossa presença em Brasília, lado a lado com as demais delegadas eleitas por todo o Brasil, demonstrou que o sindicalismo feminista é a ponta de lança na defesa da democracia e dos direitos das mulheres. As propostas aprovadas são um farol para que o Governo Federal implemente, de fato, políticas que combatam as desigualdades e garantam a autonomia plena de todas as mulheres”, apontou Eunice.

De acordo com ela, a CUT Paraná segue acompanhando a implementação dessas diretrizes, mantendo a vigilância e a mobilização para que o novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres se traduza em transformações concretas na vida das paranaenses.

Entre as deliberações formuladas no coletivo, foi aprovada a efetivação da Lei 14.611/2023, que trata da igualdade salarial entre mulheres e homens, com mecanismos de transparência, fiscalização e penalidades para empresas que descumprirem a norma. As delegadas também defenderam a ratificação das Convenções da OIT sobre igualdade de oportunidades, combate à discriminação e valorização do trabalho de cuidado, além da regulamentação da licença-paternidade de 60 dias, nos mesmos moldes da licença-maternidade.

Outra proposta importante foi a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem redução salarial e com dois dias de descanso, juntamente com políticas de apoio ao cuidado familiar — como auxílio-creche e flexibilização de horários —, promovendo qualidade de vida e equidade no mundo do trabalho.

O grupo também deliberou pela criação de políticas públicas integradas voltadas à autonomia econômica das mulheres, com investimento em qualificação profissional, transporte, alimentação e permanência no emprego, especialmente para aquelas em situação de vulnerabilidade. As propostas incluem ainda o fortalecimento da economia solidária, da agroecologia e da economia criativa, além da criação de um Fundo Nacional para as Mulheres, destinado a financiar ações de geração de renda e combate às desigualdades de gênero.

“A forte presença da delegação cutista paranaense garantiu que as pautas das trabalhadoras do estado fossem levadas e incorporadas como diretrizes para o novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres”, completou Eunice.