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Mulheres e o sindicalismo

Confira o último Quarta Sindical com programação especial do mês das mulheres

Publicado: 31 Março, 2021 - 12h41 | Última modificação: 31 Março, 2021 - 17h56

Escrito por: CUT Paraná

Reprodução
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Nesta quarta-feira (31), na sequência da programação especial do mês das mulheres, o Quarta Sindical recebeu a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Cristiane Zacarias e a presidenta do Sindicato dos Servidores Municipais de Almirante Tamandaré, Benedita dos Santos, para falar sobre a situação das mulheres no mundo sindical. 

As dificuldades enfrentadas, as diferenças entre mulheres e homens nos espaços sindicais, a paridade de gênero nas centrais e o papel do sindicalismo na luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho foram alguns dos temas debatidos pelas convidadas com o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller e com a jornalista do BdF-PR, Ana Caldas, que apresentam o programa. 

A dirigente bancária, Cristiane Zacarias, destacou que embora as mulheres tornem o movimento sindical mais humano, inclusive e eficiente, ainda existem diversas barreiras que dificultam a atuação feminina. “No movimento sindical, na política, nos espaços de poder, enfrentamos os problemas que nós denunciamos todos os dias na luta feminista. O machismo está posto em todas as instituições, não apenas na empresa, na casa, nas religiões e na família. Em todas as instituições existem barreiras muito fortes. No movimento sindical eu enfrento todos esses desafios que denuncio todos os dias em relação às mulheres. Mesmo no movimento sindical precisamos de normas e regras internas para constituir cotas para que as mulheres participem”, afirmou. 

A presidenta do Sinprosmat, Benedita dos Santos, elogiou a iniciativa da CUT de estabelecer a paridade de gênero na direção da Central. Segundo ela, este tipo de ação reverbera não apenas na CUT, mas tem reflexos na sociedade.“Acaba atingindo grandes grupos e pessoas que fazem parte dos filiados dos sindicatos. É um avanço muito grande quando uma central como a CUT toma esse posicionamento de abrir essa discussão de inclusão das mulheres no meio sindical. Como consequência, as mulheres que fazem parte do movimento também disputam espaços de poder em outros locais. Isso é muito bom. Quando abre a discussão de empoderamento das mulheres nas bases, ajuda a despertar para a importância das mulheres nestes espaços. Sempre falamos que o lugar da mulher é onde ela quiser”, pontuou.

Golpe – Durante a abertura do programa, o presidente da CUT Paraná e apresentador do Quarta sindical, Marcio Kieller, relembrou o dia 31 de março, quando é lembrado o Golpe de 1964, que deu início à ditadura militar, uma noite que durou 21 anos no Brasil. “ O Golpe civil e militar, publicado no dia 1o de abril, mas para não parecer uma grande mentira, foi editado com data de 31 de março. Não poderíamos deixar de lembrar isso neste momento. O Governo Bolsonaro, com sua mini-reforma política destes últimos dias, coloca pessoas que reafirmam o lugar errado. O Braga Neto, novo ministro da defesa, começa mentindo, pois o Golpe de 1964 não foi pacificador, ele interrompeu um período de políticas afirmativas no Brasil”, afirmou. 

Confira o programa na íntegra no vídeo abaixo e não esqueça de anotar na sua agenda: Todas as quarta-feiras, às 11h30, o Quarta Sindical é transmitido ao vivo em FB.com/CUTdoParana e FB.com/BdFPR e nas páginas parceiras que retransmitem o programa.