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O desmonte no Banco do Brasileiros

Quarta Sindical desta semana recebeu o presidente do SEEB Curitiba, Antonio Fermino e o coordenador da comissão de empregados do BB, João Fukunaga

Publicado: 03 Fevereiro, 2021 - 12h42 | Última modificação: 04 Fevereiro, 2021 - 08h42

Escrito por: CUT-PR

Reprodução
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Cinco mil bancários demitidos, centenas de funções descomissionadas e 361 unidades fechadas em todo o País. Este é o cenário do Banco do Brasil no início de 2021 durante uma pandemia cuja instituição financeira foi fundamental para oferta de créditos para micro e pequenas empresas. O desmonte no BB foi o tema do Quarta Sindical desta semana que recebeu o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Antonio Fermino e o coordenador da comissão de empregados do banco, João Fukunaga.

“Este é um problema latente no Brasil. Na última sexta-feira (29) tivemos uma grande atividade no Brasil inteiro, um dia de paralisação em defesa do Banco do Brasil. Estamos tratando do BB, mas a Caixa Econômica Federal, vários bancos estaduais e empresas importantes e estratégicas para o desenvolvimento do País sofrem do mesmo problema. É uma política de governo. Toda a CUT está à disposição das lutas em defesa do Banco do Brasil e das estatais”, apontou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, que é trabalhador bancário e apresenta o Quarta Sindical.

Segundo o presidente do SEEB Curitiba, Antonio Fermino, a mobilização em Curitiba e região teve boa receptividade por parte da categoria, que desligaram seus terminais, não abriram caixa e se recusaram a vender produtos. O impacto, segundo ele, deverá ser grande para os trabalhadores e trabalhadoras. Fermino exemplificou com a situação da função de caixa, que estará extinta.

“Perderão 40% do seu salário de uma hora para outra, impondo as pessoas um total desequilibro emocional. Assumiram dívidas para trocar de casa ou de veículo, por exemplo, com compromissos a longo prazo. .Ele vai receber pelo tempo trabalhado. Tivemos a informação de dois suicídios em São Paulo e a economia do banco será pífia”, apontou. Segundo ele, o sindicato está pronto para agir em defesa da categoria. “Vamos atuar para fazer o que é necessário para minimizar o impacto. Teremos uma plenária estadual para debater essa situação com todos os trabalhadores e assembleia que será apontada pelo comando nacional que indica greve a partir do dia 10 de fevereiro”, completou.

O coordenador da comissão de trabalhadores do Banco do Brasil, João Fukunaga, disse que no momento o esforço é fortalecer o diálogo com as pontas envolvidas neste processo, os trabalhadores e trabalhadoras do banco, mas também a população que terá um impacto muito grande. “Se reclamam de um dia de greve, imagina quando fecharem as agências? Estamos em uma etapa de preparar a população e conversando funcionários. Se temos estes ataques à categoria, também temos às empresas públicas. É fundamental dialogar com estas duas esferas”, completou.

Durante o programa desta quarta-feira também foram debatidas os meios utilizados para o desmonte do BB, da CEF e outras empresas públicas, a importância das estatais para o desenvolvimento econômico e social, as mobilizações em defesa do Banco do Brasil e muito mais. Confira no vídeo abaixo e anote na sua agenda: o Quarta Sindical é transmitido, ao vivo, toda quarta-feira às 11h30 em nossos perfis no Facebook e no Youtube.