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Petroleiros entregam gás a preço justo em Araucária

No sábado foram distribuídos 250 botijões pela metade do preço

Publicado: 08 Fevereiro, 2021 - 12h12 | Última modificação: 08 Fevereiro, 2021 - 14h56

Escrito por: CUT-PR com informações de Regis Luís Cardoso / SindiPetro PR/SC

Ednubia Ghisi
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Ação ‘Gás a Preço Justo’ faz parte da mobilização nacional da classe trabalhadora para denunciar o valor abusivo do gás de cozinha e dos combustíveis. A entrega começou às 11h30 na Praça da Bíblia, em frente à Câmara de Vereadores, em Araucária. Para o Sindipetro PR e SC, é possível vender o gás de cozinha a custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobrás e arrecadando impostos dos estados e municípios.

 

 “Esta ação tem diversos desdobramentos. O primeiro deles, obviamente, é auxiliar a população que mais precisa. Vemos a cada dia crescer o número de famílias que retornam ao fogão à lenha por conta do preço do gás. Outro é mostrar que é possível vender gás por um preço mais barato e não com este valor extorsivo”, aponta o vice-presidente da CUT Paraná, Mário Dal Zot, que também é da categoria petroleira. Ele ainda recordou de outras ações desenvolvidas pelo sindicato que envolvem a doação de cestas básicas e desconto para compra de combustíveis. “Precisamos mostrar o prejuízo que significará para o povo brasileiro uma eventual privatização da Petrobrás. A atual política de vincular o petróleo ao preço internacional, em dólar, enquanto os brasileiros recebem em reais já é uma amostra do que pode acontecer com a classe trabalhadora”, completou.

 

Os sucessivos aumentos dos preços dos derivados de petróleo praticados pela Petrobrás tem afetado o povo brasileiro. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre julho de 2017 e janeiro de 2021, a Petrobrás aumentou em 130,79% o preço do GLP (gás de cozinha) e 59,67% o preço da gasolina nas refinarias. O diesel sofreu reajustes de 42,64% e o preço do barril do petróleo acumulou alta de 15,40% no período.

 

Mesmo com os números desastrosos, agenda do governo federal não dá sinais de mudança. Prova disso foi o pronunciamento do executivo, na manhã da última sexta-feira (05), em Brasília, quando Bolsonaro e Castello Branco, presidente da Petrobrás, publicamente se preocuparam em acalmar o mercado financeiro ao defender a política de Preço de Paridade Internacional (PPI), que segue cotação do dólar e do preço barril do petróleo lá fora e é a principal responsável pelos aumentos no gás de cozinha, diesel e gasolina.

 

‘Gás a preço justo’ é uma ação nacional dos petroleiros. São diversos protestos que começaram no início da semana pela redução dos preços dos derivados de petróleo e em apoio à paralisação dos caminhoneiros. Além do gás, a categoria está distribuindo cestas básicas, dando descontos para compra de gasolina e diesel, assim como as campanhas de conscientização sobre os impactos sociais da privatização do Sistema Petrobrás (mais informações AQUI).