PL das privatizações das escolas é aprovado em primeira votação; greve continua
Governador do Paraná, Ratinho Júnior, usa violência para reprimir manifestação
Publicado: 04 Junho, 2024 - 09h23 | Última modificação: 04 Junho, 2024 - 12h03
Escrito por: CUT-PR com informações da APP-Sindicato
Trabalhadoras e trabalhadoras da educação pública estadual realizaram nesta segunda-feira (3), uma grande marcha no centro de Curitiba (PR). Mais de 20 mil pessoas foram às ruas para dizer não ao projeto do governador, Ratinho Jr, que pretende repassar para a administração privada a gestão de 200 escolas da rede estadual. A caminhada, que saiu da Praça Santos Andrade, foi até a Assembleia Legislativa. No local, novamente, os servidores públicos foram recebidos com violência pela Polícia Militar.
Além de bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha, dois manifestantes foram presos pela Polícia Militar. A sessão legislativa, que chegou a ser suspensa, foi retomada horas depois em modalidade virtual e o projeto foi aprovado em primeira votação por 39 votos favoráveis e 19 contrários.
“Novamente Ratinho Júnior usa dos seus expedientes favoritos: privatizar, negar diálogo para os trabalhadores e trabalhadoras e a repressão violenta e anti-democrática. Não são apenas os servidores públicos e a comunidade escolar, mas toda a sociedade paranaense já disse não ao projeto de privatizações das escolas. Mesmo assim a Assembleia, a mando do governador, passou o trator e aprovou o projeto com nada de diálogo e muita truculência”, criticou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.
Greve continua - “O dia de hoje já é vitorioso, mas precisamos cumprir todos os ritos desta votação para que a gente tenha a condição de, na sequência, tomar os encaminhamentos devidos”, disse a secretária de Assuntos Jurídicos da APP, Marlei Fernandes, ao enfatizar que a greve continua.
Um grupo de educadores(as) vai permanecer acampado na praça em frente da Alep. Outro permanece na galeria do Legislativo. A orientação do comando de greve é para que os demais, que estão em Curitiba, retornem na terça-feira às 9h para o Centro Cívico. No interior, os (as) educadores devem retornar amanhã para os locais de concentração em suas regionais.
“A população está do nosso lado. Quem está contra a gente é o Palácio (sede do governo), esses 39 deputados e a Seed. O nosso movimento já é vitorioso, porque a nossa categoria saiu pra luta. E a luta não para”, completou Marlei.