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Atos da APP-Sindicato contra políticas de adoecimento e assédio garantem avanços

Em Curitiba, o ato reuniu trabalhadoras, trabalhadores e representantes do movimento sindical que reiteraram apoio à luta da categoria.

Publicado: 13 Junho, 2025 - 10h20 | Última modificação: 13 Junho, 2025 - 11h54

Escrito por: CUT-PR com informações do BdF e APP-Sindicato

Lucas Botelho / BdF
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A grande mobilização da APP-Sindicato, nesta quinta-feira (12), com atos públicos em frente à Secretaria de Estado da Educação, em Curitiba, e aos Núcleos Regionais de Educação, em todo o Paraná, garantiu uma reunião com diretores da Seed. Durante o encontro, a direção estadual da APP cobrou o fim das políticas de pressão e assédio que têm adoecido profissionais da educação nas escolas.

“Apresentamos nossa avaliação de que a política educacional organizada em metas e cobranças tem levado ao nosso adoecimento e gerado práticas de assédios nas escolas, por causa do cumprimento de metas, e não só as de interação nas plataformas. Nosso Movimento Plataforma Zero inclui o debate sobre metas de frequência e notas dos(as) estudantes, mas também sobre assédios com processos e ameaças às direções que não cumprem as metas impostas”, resumiu a presidenta da APP, Walkiria Mazeto.

Em Curitiba, o ato reuniu trabalhadoras e trabalhadores da educação pública, além de representantes de outras categorias que manifestaram solidariedade ao movimento. O presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, reiterou a importância de unificar a luta em prol dos professores. “Estamos aqui solidários à luta dos professores e professoras do Paraná. Temos a compreensão de dar um basta aos adoecimentos, às mortes. Precisamos ter profissionais que tenham vontade de dar aula, que não considerem dar aula um fardo. Por isso, é importante que a gente esteja organizado e unificado tornado público para a sociedade paranaense o descaso do governo estadual com os nossos professore,” afirmou.

A presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região, Cristiane Zacarias, lembrou das semelhanças entre os problemas enfrentados por bancários e por trabalhadores da educação pública. “Os bancários participam hoje do Ato organizado pela APP Sindicato, porque nós, bancários em alguma medida também experimentamos em nossa rotina uma jornada de trabalho muito precarizada com terceirização, com pessoas sofrendo assédio moral e com estruturas e locais de trabalho inadequados. Hoje estamos falando sobre professores e funcionários das escolas e pedindo ao Governo Ratinho Jr. que olhe com mais respeito a essas pessoas,“ disse.

A professora e coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais, Marlei Fernandes, disse que o luto tem virado luta. “Estamos mais uma vez em luta e em luto também, em atos de mobilização em todo o Paraná. O luto se torna luta pelo fim dos assédios, fim da plataformização que tem adoecido a nossa categoria no Paraná. Temos conversado desde 2022 com a Secretaria de Educação, mas chegamos a um momento crítico do adoecimento dos professores. A categoria se levanta para fazer a luta”, destacou.