MENU

Refugiados na pauta do Quarta Sindical

Edição desta semana recebeu representantes de entidades que atuam na defesa desta população

Publicado: 23 Junho, 2021 - 12h28 | Última modificação: 24 Junho, 2021 - 13h49

Escrito por: CUT-PR

ACNUR/Saleh Bahulais
notice

No último domingo (20) foi celebrado o Dia do Refugiado. Na data, contudo, há pouco que se comemorar. Dados da ONU mostram que atualmente 82,4 milhões de pessoas foram deslocadas à força e, deste total, 26,4 milhões são refugiadas. Para debater o tema, o Quarta Sindical recebeu neste semana representantes da ONG Organização para uma Cidadania Universal, Paulo Illes e da Casa Latino-Americana, Ivete Caribé da Rocha. 

 

“Vivemos hoje, talvez, a era com maior número de refugiados de toda a nossa história. Celebrar esse dia também é olhar para isso. Hoje há uma discussão muito grande no contexto internacional de modelos de governabilidade da migração. Nós defendemos, como uma organização internacional, um modelo de governança onde as pessoas não percam seus direitos pelo fato de migrar. Temos o pacto mundial de migrações e de refúgio que o Brasil não ratifica, saiu deste pacto justamente com países como Itália e Polonia”, enfatizou Paulo Illes. 

 

Nos últimos três anos cerca de 1 milhão de crianças nasceram no exílio e, somente no Brasil, a estimativa é que existam 260 mil refugiados a partir de estudo da ONG Refúgio 343. Para piorar ainda mais a situação, ao longo da pandemia, o Governo Federal editou 30 portarias que restringem em diversos graus a entrada de refugiados e migrantes no País. 

 

Segundo Ivete Caribé, há uma busca grande de migrantes de determinados países para o Brasil. “Há os venezuelanos, mas desde a pandemia está proibida a entrada e a dificuldade destas pessoas que estão na fronteira é muito grande, é trágica mesmo. Os haitianos também. Estão praticamente em guerra civil, com um confronto violento. É terrível a situação que se passa lá, tanto pela pandemia, quanto pela fome e pelo conflito que se arrasta já faz um bom tempo. Mas como o Brasil fechou suas fronteiras está muito difícil para essas pessoas sem conseguir entrar e sem apoio de forma alguma”,comentou.

 

Os direitos dos trabalhadores refugiados, a sua participação no movimento sindical, a situação em outros países e articulações necessárias para melhor a condição de vida desta parcela da população. Confira estes e outros temas que envolvem os refugiados na edição desta semana do Quarta Sindical no vídeo abaixo. Toda quarta-feira, às 11h30, um novo programa com um tema de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras. Você confere ao vivo em nosso perfil no Facebook, da CUT Brasil, Brasil de Fato Paraná e perfis e páginas parcerias que retransmitem o programa.