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Trabalhadores são impedidos de vistoriar obras da Copa de 2026

Representante brasileiro, Raimundo Ribeiro, o Bahia, foi barrado por autoridades na Cidade do México

Publicado: 13 Março, 2025 - 12h27 | Última modificação: 13 Março, 2025 - 15h46

Escrito por: CUT-PR com informações da Conticom

Reprodução
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O presidente do Comitê Regional para a América Latina e Caribe da BWI Global Union, ICM, Raimundo Ribeiro, o Bahia, foi impedido de inspecionar as obras de reforma do estádio Azteka. O espaço esportivo fica na Cidade do México e será uma das sedes dos jogos da Copa do Mundo Norte-Americana de 2026.

Bahia, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Paraná (Sintrapav) e secretário de relações internacionais da Conticom, estava acompanhado do secretário-geral da ICM.

“Desde a Copa da África, em 2010, sempre tivemos acordo de inspeção. Isso, inclusive, está assinado com a própria FIFA desde o ano passado após todos os problemas que aconteceram no Quatar. Contudo, no México a situação está diferente. A organização sindical é diferente e o estado não tem poder de fiscalização em obras privadas. Está a casa da mãe joana”, criticou Bahia que já ocupou a vice-presidência da CUT Paraná.

De acordo com ele, as entidades responsáveis enviaram a documentação solicitando acesso, o que foi negado. Mesmo assim foram até as obras e novamente tiverem a entrada impedida. “Conversamos com trabalhadores na entrada da jornada. Se estão nos impedindo é por que algo para esconder existe. Temos denúncias de trabalhadores sem registro, jornada excessiva e uma série de outros problemas. Nossa obrigação é acompanhar as obras e garantir os direitos desta gente”, completa o dirigente.

Agora eles acionaram a FIFA para que a entidade possa também intervir e cumprir o acordo assinado com os trabalhadores da construção civil. Além disso conversaram com representantes dos governos locais e também do Governo Federal do México. “Para julho faremos uma outra atividade, uma conferência e estamos buscando abrir portas e conseguir apoios. Nosso papel é esse: fiscalizar, exigir trabalho decente, jornada adequada e salários justo, além de proteção pessoal. É isso que vamos fazer. Se pudemos em outros locais do mundo por qual motivo no México isso não seria possível?”, questionou.

Em nota, a CONTICOM/CUT repudiou as práticas antissindicais da FIFA e expressou total apoio e solidariedades à ICM e suas lideranças que buscam garantir direitos, trabalho seguro, remuneração justa e liberdades sindicais aos trabalhadores locais e migrantes que atuam nas obras da Copa do Mundo 2026. Afirmações que são ecoadas pela CUT Paraná em apoio ao dirigente e em repúdio à tentativa de impedir o livre exercício da atividade sindical e, consequentemente, a defesa dos direitos daqueles trabalhadores.

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