Umuarama (PR): Trabalhadores da Zaeli Alimentos rejeitam proposta patronal e decidem entrar em greve
Publicado: 01 Novembro, 2010 - 00h00
Escrito por: FTIA/PR-CUT

Umuarama (PR): Trabalhadores da Zaeli Alimentos rejeitam proposta patronal e decidem entrar em greve
Na manh de sexta-feira (29) os trabalhadores e trabalhadoras da Zaeli Alimentos, de Umuarama, regio noroeste do estado, decidiram em assemblia realizada em frente aos portes da empresa, por rejeitar a proposta patronal e votaram por entrar em greve a partir da prxima quarta-feira (03).
Inicialmente a Zaeli se recusou a discutir qualquer aumento aos 7% de reajuste propostos aos sindicatos de trabalhadores pelos representantes patronais durante as rodadas de negociaes realizadas na Federao das Indstrias do Paran (FIEP) em Curitiba (PR).
A empresa tambm optou por adotar uma poltica de desrespeito ao sindicato dos trabalhadores local, livre organizao sindical dos seus funcionrios, a legislao trabalhista e aos acordos coletivos firmados anteriormente com as entidades sindicais (sindicato e Federao FTIA-CUT).
:: Empresa pressiona e trabalhadores votam pela greve.
Pressionada por representantes de vrios sindicatos de trabalhadores da Alimentao (Apucarana, Arapongas, Toledo, Umuarama, Cianorte, Marechal Cndido Rondon e Cascavel) e da Federao dos Trabalhadores nas Indstrias de Alimentao do Paran (FTIA), que foram a Umuarama para colaborar com os trabalhadores (as) e o sindicato local para fazer avanar as negociaes com a empresa, ela acabou fazendo uma nova proposta.
Em sua nova proposta a Zaeli ofereceu 8% de reajuste condicionados a reduo do pagamento das horas extras realizadas aos sbados de 100% para 50%, fim da estabilidade para os trabalhadores que retornam das frias e que a cesta-bsica fosse paga integralmente como prmio assiduidade.
A Federao (FTIA-CUT) e os sindicatos presentes rejeitaram essa nova proposta e pressionaram para que a assemblia tivesse inicio conforme a sua publicao em edital. Percebendo que poderia perder o controle da situao a empresa tratou de tumultuar a realizao da assemblia e a votao por parte dos trabalhadores(as). Ameaou e coagiu o quanto pode para que os trabalhadores (as) acabassem aceitando a proposta inicial de 7% de reajuste.
Desesperada, a direo da empresa apelou at para o constrangimento fsico e moral contra os trabalhadores e sindicalistas (gerentes e encarregados filmaram e fotografaram a realizao da assemblia). Um encarregado chegou a agredir um dos diretores do sindicato local. A polcia foi chamada para fazer o j conhecido terror psicolgico. Mas felizmente nada disto adiantou.
Conscientes da necessidade de mostrar empresa que estavam descontentes com os baixos salrios e com o desrespeito exercido pelos encarregados, a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras votaram pela rejeio da proposta patronal e pela greve.
:: Derrotada empresa acaba cedendo.
Com a derrota sofrida na assemblia a empresa tratou de evitar o pior: a realizao da greve. O que seria o acontecimento do ano na empresa e na cidade de Umuarama, onde a Zaeli a principal empresa da regio. Para os patres a greve representaria um duro golpe no poder poltico que exercem no municpio. O que poderia servir de exemplo para que outras categorias seguissem o mesmo caminho da luta por melhores condies de trabalho e reajustes salariais acima das propostas patronais.
Antes que o dia acabasse a Zaeli enviou ao sindicato local a seguinte proposta: reajuste salarial de 8% e cesta-bsica de R$ 100,00 (sem assiduidade) mais uma cesta-bsica de mesmo valor no final de ano. A proposta ser apresentada aos trabalhadores e trabalhadoras da empresa na quarta-feira (03) para ser analisada e posta em votao.
Mais uma vez os trabalhadores comprovaram que somente com determinao e luta que podemos vencer a arrogncia e intransigncia patronal. Apesar de muitos sindicalistas de vrias categorias profissionais evitarem a todo custo o confronto com os patres, os trabalhadores havero de atropel-los sempre que for necessrio para alcanar a vitria de suas reivindicaes e fazer valer os nossos interesses de classe. Mesmo com a presso sofrida antes e durante a assemblia os trabalhadores (as) da Zaeli Alimentos, unidos FTIA-CUT e aos sindicatos filiados, mostraram aos patres que a nossa fora rompe todas e quaisquer barreiras.
Rui Amaro Gil Marques
Assessor de Comunicao da Federao e sindicatos filiados.

Inicialmente a Zaeli se recusou a discutir qualquer aumento aos 7% de reajuste propostos aos sindicatos de trabalhadores pelos representantes patronais durante as rodadas de negociaes realizadas na Federao das Indstrias do Paran (FIEP) em Curitiba (PR).
A empresa tambm optou por adotar uma poltica de desrespeito ao sindicato dos trabalhadores local, livre organizao sindical dos seus funcionrios, a legislao trabalhista e aos acordos coletivos firmados anteriormente com as entidades sindicais (sindicato e Federao FTIA-CUT).
:: Empresa pressiona e trabalhadores votam pela greve.
Pressionada por representantes de vrios sindicatos de trabalhadores da Alimentao (Apucarana, Arapongas, Toledo, Umuarama, Cianorte, Marechal Cndido Rondon e Cascavel) e da Federao dos Trabalhadores nas Indstrias de Alimentao do Paran (FTIA), que foram a Umuarama para colaborar com os trabalhadores (as) e o sindicato local para fazer avanar as negociaes com a empresa, ela acabou fazendo uma nova proposta.
Em sua nova proposta a Zaeli ofereceu 8% de reajuste condicionados a reduo do pagamento das horas extras realizadas aos sbados de 100% para 50%, fim da estabilidade para os trabalhadores que retornam das frias e que a cesta-bsica fosse paga integralmente como prmio assiduidade.
A Federao (FTIA-CUT) e os sindicatos presentes rejeitaram essa nova proposta e pressionaram para que a assemblia tivesse inicio conforme a sua publicao em edital. Percebendo que poderia perder o controle da situao a empresa tratou de tumultuar a realizao da assemblia e a votao por parte dos trabalhadores(as). Ameaou e coagiu o quanto pode para que os trabalhadores (as) acabassem aceitando a proposta inicial de 7% de reajuste.
Desesperada, a direo da empresa apelou at para o constrangimento fsico e moral contra os trabalhadores e sindicalistas (gerentes e encarregados filmaram e fotografaram a realizao da assemblia). Um encarregado chegou a agredir um dos diretores do sindicato local. A polcia foi chamada para fazer o j conhecido terror psicolgico. Mas felizmente nada disto adiantou.
Conscientes da necessidade de mostrar empresa que estavam descontentes com os baixos salrios e com o desrespeito exercido pelos encarregados, a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras votaram pela rejeio da proposta patronal e pela greve.
:: Derrotada empresa acaba cedendo.
Com a derrota sofrida na assemblia a empresa tratou de evitar o pior: a realizao da greve. O que seria o acontecimento do ano na empresa e na cidade de Umuarama, onde a Zaeli a principal empresa da regio. Para os patres a greve representaria um duro golpe no poder poltico que exercem no municpio. O que poderia servir de exemplo para que outras categorias seguissem o mesmo caminho da luta por melhores condies de trabalho e reajustes salariais acima das propostas patronais.
Antes que o dia acabasse a Zaeli enviou ao sindicato local a seguinte proposta: reajuste salarial de 8% e cesta-bsica de R$ 100,00 (sem assiduidade) mais uma cesta-bsica de mesmo valor no final de ano. A proposta ser apresentada aos trabalhadores e trabalhadoras da empresa na quarta-feira (03) para ser analisada e posta em votao.
Mais uma vez os trabalhadores comprovaram que somente com determinao e luta que podemos vencer a arrogncia e intransigncia patronal. Apesar de muitos sindicalistas de vrias categorias profissionais evitarem a todo custo o confronto com os patres, os trabalhadores havero de atropel-los sempre que for necessrio para alcanar a vitria de suas reivindicaes e fazer valer os nossos interesses de classe. Mesmo com a presso sofrida antes e durante a assemblia os trabalhadores (as) da Zaeli Alimentos, unidos FTIA-CUT e aos sindicatos filiados, mostraram aos patres que a nossa fora rompe todas e quaisquer barreiras.
Rui Amaro Gil Marques
Assessor de Comunicao da Federao e sindicatos filiados.